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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Hakuna matata

Quando eu tinha 13 anos, o psiquiatra da minha família me diagnosticou com depressão crônica e bipolaridade. Zoeira, nunca fui num psiquiatra e nem sei se depressão crônica é uma doença que existe de verdade. Mas foi sim aos meus 13 anos que eu comecei a perceber mudanças de verdade na minha vida. E eu não sei se tenho depressão ou se sou bipolar (coisa de tumblr? nem sempre!), apesar de demonstrar alguns sintomas de ambas, nunca fui a um especialista de fato para ser diagnosticada. E isso é uma boa coisa, pois provavelmente se obtivesse um diagnóstico positivo em mãos eu estaria louca. Ao invés disso, eu criei minhas próprias maneiras de não ter recaídas e ficar sempre bem, e o post de hoje é sobre isso.


Zoeira number two, eu não fumo maconha. Não uso drogas, não bebo, não me prostituo de graça para receber atenção dos outros, eu não faço nada disso. Vivo em meio a um caos familiar horroroso, e algum dia eu falo melhor sobre isso aqui no blog. O resumo é que não vivo bem em casa desde criança, vejo episódios de brigas há anos e isso poderia com facilidade ter afetado minha personalidade e forma de ver o mundo. Talvez eu virasse uma pessoa agressiva, talvez virasse uma coitadinha com medo do mundo. Mas Deus, o cosmos, força maior, ou sei lá o que não permitiu que isso acontecesse. Desde que percebi que se enfraquecesse meu emocional poderia desenvolver algo realmente sério, parei de dar foco aos meus problemas e criei um universo paralelo para fugir da realidade. Não foi algo planejado, somente uma válvula de escape que surgiu naturalmente. Me apoiei nos meus amigos, conquistei liberdade e confiança dos meus pais para sair, lia muitos livros, fotografava muito e vivia histórias diferentes da minha; meu tímpano estava sempre estourando com músicas altas e barulhentas e adotei a filosofia do foda-se. Isso foi há quase 4 anos. Hoje eu adaptei um pouco: gosto de ir na casa do meu namorado e ver como eles são uma família bonita com seus problemas porém bem estruturada, procuro passar o menor tempo possível em casa, já não leio tanto somente pela correria da minha faculdade e já não estouro meus ouvidos com bandas velhas de punk rock. Reduzi um pouco o foda-se e atualmente combino mais com o Hakuna matata adicionado a You only live once (apesar de ser espírita com influências budistas; procuro pensar que essa vida é única, apesar da minha filosofia de vida ser baseada na reencarnação). Não uso drogas, ao contrário disso busco ser livre de outras maneiras mais inteligentes. Sou uma pessoa que sonha acordada, dormindo, tomando banho, lavando a louça. Não penso para agir, somente faço e penso que no futuro vou ter o que contar para meus netos. E me acalmo muito ouvindo Bob Marley. É impossível não ver um sorriso brotando dos meus lábios quando a batida de Three Little Birds aparece. Everything's gonna be alright, os seus problemas você deve esquecer, o que for pra ser será: são frases que me dão calma na alma e me fazem vibrar positivamente. Eu não sei a causa de ter nascido em uma casa assim, mas com certeza aprendo muito aqui. Posso ter a certeza de saber que não vou levar isso adiante para a minha casa, marido e filhos.


  • 26 seguidores? Vocês são mesmo um amor, muito obrigada pelo carinho de todos, obrigada pelos elogios, obrigada por tudo. Vocês são demais! Não vou desativar os comentários a pedidos especiais.
  • Já já respondo os comentários da última postagem, e retribuirei a todos.
  • Espero ajudar algum leitor que também tenha problemas. Apesar de tudo tenha calma que no final tudo dá certo.
  • Quase 6 meses com meu momô.

sábado, 14 de junho de 2014

A vida é uma gracinha meio deplorável

Eu não venho postar nada há algum tempo por motivos de preguiça e por andar deprimida. Antigamente, achava que era fora de cogitação expor minha vida pessoal e opiniões mais polêmicas (tipo sexo, gravidez na adolescência, etc) em um blog onde qualquer pessoa pudesse ler o que eu estava sentindo e também tirar conclusões erradas (ou não) sobre a minha vida. Mãããs o fato é que eu estou cansada de não poder expor o que eu acho nem no meu próprio blog por uma privação que eu mesma criei, então tô apertando a teclinha do foda-se se vai soar ridículo/impróprio/polêmico/ácido/pessoal demais/ou se alguém não vai aprovar. Preferi transformar o simplicem em um diário mesmo, e viver sem ter a vergonha de ser feliz.

FRIENDSHIP NEVER ENDSSSSSSS

Não quer dizer que o Simplicem vai virar um blog pornô com gifs apelativos de gente tendo orgasmos múltiplos ou fotos pesadas de modelos nuas e gostosas. É só que chegou a um ponto onde eu me sinto sufocada dentro do meu próprio refúgio. Ah, vou arranjar uma forma de divulgar redes sociais tipo Twitter pessoal que eu não uso há alguns milênios, Tumblr e tal pra aumentar a forma de interação blogueira-leitores, e se for o caso, até responder algumas perguntas no Ask.fm. Ainda estou na dúvida sobre permitir ou não comentários (ia desativar agora mas fiquei com dó), trocar ou não esse layout, não sei. Meu curso combina bastante com a minha personalidade inquieta e a necessidade de mudança constante no visual do que me dedico a fazer: o blog traduz bem isso. Publicidade, ILY.